domingo, 29 de março de 2009

Tocha ardente


Deixo-me embalar pelo suave silêncio que se pronuncia nesta rua. As nuvens ganham forma humana criando miragens do teu rosto. Deixo a brisa envolver os meus cabelos numa suave dança com sabor primaveril, isto tudo, ao mesmo tempo em que o sol beija meu corpo abalado pela tua ausência. Chamo por ti, arrasto comigo penumbras malignas ao amor para que mais tarde as possa absolver em cada arrepio proveniente do teu abraço. De ti, não espero tantas palavras lançadas ao ar, nem tantos sentimentos expressos numa linguagem intelectual. Apenas aguardo por um beijo teu que me trará todas as respostas filosóficas da vida. Acredita que nesses meros segundos aprenderei muito mais sobre o amor do que os conhecimentos adquiridos ao longo da minha vida.Estou disposta a esperar por ti e viver suportada em planos imaginativos, alimentado deste modo a chama que nos interliga da forma mais dolorosa possível: com a minha invulgar poesia.Amar é travar guerras contra os obstáculos, aceitar derrotas de queixo erguido e acima de tudo é não fechar o livro que narra a nossa história na 1º pessoa, onde eu e tu somos os únicos narradores, bem como os únicos protagonistas. “Não sei como fizemos isto, mas que está a ser a melhor coisa do mundo isso está.”São frases tuas como esta, que me invadem a mente diariamente, e citações como esta que fazem com que a tocha não se apague com os valentes sopros da distância